A Inocência do Amor

Numa cidade pacata, do interior de Minas Gerais, morava uma família de bons costumes. Era uma família linda cuja filha chamava-se Bianca. Ela era extrovertida, alta, magra, bonita de acordo como a mídia rotula, mas mesmo assim Bianca era uma menina infeliz, pois se achava totalmente diferente das outras meninas, pelo fato de todas terem namorados, paqueras e ela não poder ficar junto de quem ela realmente queria sua prima Gabriela que era sua grande paixão.
Com isso Bianca sofria muitos conflitos consigo mesma, porque ela queria saber se era doença, se ela estava maluca ou que esse sentimento tão lindo que sentia pela prima era um amor normal como de um homem com uma mulher.
Bianca sem mais saber como agir com a tal situação começou a cortar os pulsos, bater a cabeça na parede dizendo que queria se matar porque ela não era normal, e sua mãe apavorada, aos prantos perguntava para ela porque ela faria isso, se ela era tão bonita, especial e tão amada por todos naquela cidade. E Bianca não falava nada, só pedia pra mãe não tocar nela porque ela era doente, era suja.
Dona Beatriz, mãe de Bianca apavorada procurou especialistas no assunto, e assim sua filha começou a ter consultas de psicanálises com psiquiatras para tentar resolver o problema .
Bianca começou a ir às consultas obrigadas pela mãe, e no começo foi muito difícil, porque ela não falava nada, mas com o tempo ela começou a dizer ao seu medico que ela era bicho, que não podia ser normal o que ela sentia por outra pessoa. O medico por si perguntou:
― É um ciúmes exagerado por outra pessoa minha filha?
―Não doutor...
―Então me diga o que sentes o que se passa nessa cabeçinha, assim fica mais fácil para resolvermos o seu problema não acha?
―Doutor... meu caso não tem solução.E logo começou a se arranhar, a se bater, a puxar seus cabelos.Quando o medico entreviu:
―Bianca! Pare com isso agora! E a segurou pelos braços, acalmou-a e chamou sua mãe:
―Dona Beatriz! Venha por gentileza até a minha sala.
Assim dona Beatriz entrou na sala e logo viu a cara de choro de sua filha. E perguntou:
―O que houve doutor?
―Calma dona... Olha ainda não sei do que se trata com sua filha, mas quero que ela venha mais uma vez ao meu consultório, ok?
―Tudo bem doutor, como o senhor quiser. Só quero ver minha filha boa logo.
E assim foi feito, Bianca começou a ir duas vezes à semana se consultar com seu medico. Depois de varias conversa, o doutor realmente ouviu o que tanto queria de sua paciente:
―Olha doutor, ninguém sabe disto e não quero que o comente com ninguém, nem mesmo com minha mãe, estamos combinados?
―Claro!
―Bem... Tudo começou quando eu era criança que sempre gostava de brincar de namorado com minhas primas, principalmente com a Gabriela. Sempre brincávamos, de casinha e eu gostava de fazer o papel de homem, com isso fui crescendo e criando um amor por essa minha prima achando que era um amor normal, mas agora vejo que não era apenas brincadeiras inocentes, o que eu sinto por ela e ela sente por mim é de verdade. Ela aceita isso numa boa, mas eu não. Eu queria ser igual a minhas amigas de classe, a minha própria mãe, mas eu não sou! Eu gosto dela, o meu primeiro beijo de língua foi com ela, a minha primeira relação amorosa... Tudo, tudo com ela doutor! E agora eu não sei o que fazer, não sabe se encaro todo mundo da minha família, da cidade, ou se me mato logo de uma vez, porque doutor minha família, meus amigos não merecem essa decepção! Ou será que eles iriam me apoiar me entender?Não sei mais o que fazer me ajuda!

Esse foi meu primeiro conto, espero que gostem, e que sempre acompanhem meus trabalhos. Porque com certeza vou melhorar cada vez mais. E desde já peço paciência, pois estou começando agora, ok??

Bjos a todos e obrigada.

Renata Bueno